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sábado, 10 de maio de 2008

O CÂNTICO DAS CRIATURAS



SÃO FRANCISCO E O CANTICO DAS CRIATURAS

O Cântico das Criaturas ou do Irmão Sol, pensemos que é natural que esta maravilhosa manifestação poética tenha saído da alma do santo trovador numa manhã radiante,
Quando a beleza da natureza lhe entrava pelos olhos, lhe enchia os ouvidos e lhe preenchia todo o seu ser embriagando-o de doçura e encantamento. Mas na verdade é que assim não foi. Foi num contexto de dor e de sofrimento que o bondoso S. Francisco compôs o seu maravilhoso Cântico e, por esta razão, o que nos deve espantar não é essa doçura e essa maravilha que brotam do Cântico mas, sobretudo, o facto de essa mesma doçura e essa maravilha terem surgido de um homem que sofria horrivelmente na carne dores incontiveis.
O Cântico do Irmão Sol nasce, portanto, num contexto de sofrimento, ao qual o santo consegue ser superior, aceitando-o. Há neste homem sofredor como que uma reconciliação universal. Há a aceitação da vida, aceitação dos outros e aceitação da própria morte.
Nessa situação real e palpável de dor e sofrimento, antevendo – se achegada da própria morte, S. Francisco é cópia viva do crucificado, com mãos e pés chagados, chegava ao final da sua vida. Já nem conseguia manter de pé aquele corpo chagado, dorido e atormentado de dor e sofrimento. Estava cego. O irmão sol já lhe não iluminava os olhos, a luz magoava-o e as criaturas atormentavam-no com o seu ruído, “parecia que toda a criação combinara faze-lo sofrer”. Assim foi a grandeza de alma deste homem de Deus. Ele quer cantar ao seu Criador o poema da vida, da paz e da tranquilidade, o Cântico do Irmão Sol, um cântico que respira louvor ao Senhor do Universo
A compreensão do Cântico requer da parte de todo aquele que o quiser compreender na sua verdadeira essência é aceitar a vida, aceitar o desafio da vida como dom de Deus e comprometer-se a pôr a render esse dom. Francisco aceitou tudo isto e aceitou o outro. São Francisco uma vida de Amor. “Louvado sejas, meu Senhor por nossa irmã, mãe Terra que nos sustenta e governa e produz frutos diversos e coloridas flores e ervas”.
Fr. Jose de Jesus Cardoso, OFM.

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