A todos os que visitais este espaço, votos sinceros de paz e bem!

quinta-feira, 12 de julho de 2007

FORMAÇÃO PERMANENTE


Com a Profissão Solene, tem início a Formação Permanente, ou seja, o frade continua seu processo de formação, por toda a sua vida, reconhecendo que sempre se tem que aprender, formar-se, actualizar-se, recomeçar a exemplo de São Francisco, pois o seguimento de Jesus Cristo exige perseverança na aprendizagem, numa constante atitude de Menor e de discípulo aberto aos ensinamentos de Jesus Mestre, razão e sentido da Vida Religiosa Franciscana.
Fr. José Jesuscardoso

quarta-feira, 11 de julho de 2007

A SEGUIR HÁ MORTE DE S. FRANCISCO


Pouco tempo depois, seguiu-se a "clericalização" da Primeira Ordem. A partir de sua espiritualidade, Francisco era um leigo, mesmo sendo membro da hierarquia eclesiástica pela sua posição como diácono. Foi vontade dele que os seus irmãos pertençam - como simples leigos - ao grau básico da Igreja (cf. 2Cel 146), mesmo quando eram incumbidos de missões especiais. No meio do povo deviam viver a radicalidade do Evangelho, sendo pobres entre pobres, vivendo a fraternidade em comunidades concretas, anunciando a presença de Deus na situação do dia-a-dia e no mundo inteiro, unindo-se a todos os que crêem e que querem formar a Igreja de Jesus Cristo. Com a entrada dos primeiros sacerdotes, por exemplo, do irmão Pedro Cattani, essa intenção foi desrespeitada. A admissão de clérigos desenvolveu-se e multiplicou-se até constituir uma legalidade própria: havia cada vez mais sacerdotes ordenados, até que eles ocupassem todos os n´veis da vida franciscana. Francisco sempre se opôs a essa evolução; mas, logo depois de sua morte, irmãos foram nomeados bispos e chegaram até a ser eleitos Sumos Pontífices.Com isto se completou uma total dessecularização, em detrimento da intenção primitiva de Francisco. Seguramente o Santo não previu essa evolução. Acreditava, pelo contrário, que os sacerdotes que se juntavam à sua Ordem, seriam capazes de submeter-se ao novo espírito - por ele desenvolvido - de doação ao mundo. Em consequência de evoluções modernas em nossos dias, voltam a existir chances reais de poder reencontrar a intenção original de Francisco.

JJC.

segunda-feira, 9 de julho de 2007

Paciência, meus irmãos.
Este é o grande segredo para que vençamos na vida. Ser paciente é saber esperar tudo no momento certo. Seja paciente com os outros e verá que tudo pode mudar na vida.Às vezes, nós descontrolamo-nos com algo ou alguém e quem é que perde? Nós.Quantas chances tivemos de ficar quietos e não as aproveitamos. Nós irritamo-nos, nós descontrolamo-nos e ferimos muito as pessoas. Dissemos o que não queríamos dizer. Falamos quando deveríamos ter ficado calados.Quando ficar irritado, controle-se, acalme-se, lembre-se que tudo passa.Imagine como nós ficamos desfigurados quando perdemos a razão. às vezes, por tão pouca coisa.Pense no seu coração. Agitado, nervoso, acelerado, por pequenos problemas que logo passarão.Se você estiver quase a perder o controle conte até 10. Ou até 20. Até 100 se precisar. Nada é mais importante que ter paz, que ter calma.Antes de perdermos a paciência temos que nos lembrar que sempre temos um pouco de culpa também. Se algo caiu e partiu, caiu porquê?Se alguém brigou contigo, brigou porquê?Temos que reflectir antes de tomar qualquer posição.Quem sofre mais com a falta de paciência és tu. E só depende de ti cultivar a paciência.Tente. O resto entregua nas mãos de Deus.
Fr. José Jesus Cardoso,OFM

quinta-feira, 5 de julho de 2007

SOMOS IRMÃOS

Não basta dizer que somos frades, pois somos Frades menores (RB 1,1; RnB 6,3). A menoridade constitui a forma concreta que qualifica o nosso relacionamento fraterno e a prática de nossos ministérios, sobretudo o ministério ordenado. Alguns exercem o próprio ministério como ministros ordenados, outros como leigos, mas todos somos Frades menores. “Por isso, na caridade que é Deus – implora nosso Pai São Francisco –, suplico a todos os meus irmãos que pregam, que rezam e que trabalham, tanto aos clérigos quanto aos leigos, que se esforcem por serem humildes em tudo” (RnB 17,5). O adjectivo “menor”, que Francisco tira do Evangelho (Mt 20,25-27; Lc 22,26; citados na RnB 5,9-12), é um adjectivo de relação: somos menores em relação a alguém. A menoridade é uma aposta pessoal, para que nada, em nós, dificulte a epifania do outro. É nosso dever “tirarmos as sandálias” diante do mistério do outro no qual o Mistério tem sua epifania (cf. Ex 3,5). O modelo da menoridade é Cristo, que “não se apegou à sua igualdade com Deus, mas esvaziou-se a si mesmo, assumindo a condição de servo...” (Fl 2,6-11). Essa identidade de menores em relação a cada criatura coloca-nos diante de uma permanente exigência moral que tem raízes muito antigas: “devem os irmãos rever-se espiritual e diligentemente e honrar-se mutuamente sem murmuração” (RnB 7,15). E Francisco não teme insistir: “E sejam modestos, mostrando toda mansidão para com todos os homens; não julguem, não condenem; e como diz o Senhor, não considerem os mínimos pecados dos outros, meditem muito mais sobre os próprios na amargura de sua alma” (RnB 11,9-12). Nossa tradição é firme e abundante em proteger a dignidade do outro a partir de uma menoridade pessoalmente assumida, como caminho de salvação comunitária.

Fr. JJC. ofm.


VIDA FRATERNA





O relacionamento fraterno caracteriza não só as relações entre os Frades, mas, de forma mais ampla, também as relações com cada criatura humana. Sentimo-nos e realmente somos Irmãos menores de cada homem e mulher, seguindo o estilo com que Francisco envia seus Frades pelo mundo: “não litiguem nem porfiem, mas sejam submissos a toda criatura humana por causa de Deus” (RnB 16,6). Esse tipo de relacionamento, caracterizado pela menoridade para com toda criatura humana, tem consequências para nossa missão: entre os leigos, no relacionamento com a mulher, em nosso modo de viver na Igreja, no necessário diálogo inter-religioso, em nossa relação com a criação, enfim, em toda a nossa missão como menores entre os menores da terra (cf. CCGG 97). Temos a lucidez e a audácia necessárias para viver a boa nova da minoridadO
O cuidado pela vida fratern.A troca de experiências convenceu-nos de que nossa Fraternidade necessita de uma atenção especial de nossa parte. É realmente uma prioridade para nossa vida, sobretudo hoje, num mundo ferido pela fragmentação e pelas divisões. As divisões não são estranhas à nossa própria vida fraterna e, por isso, o cuidado pela Fraternidade, muitas vezes, tem necessidade de encarnar-se em gestos de perdão recíproco e em caminhos de comunhão (RnB 5,7-8; 20; RB 10). Em quase todos os nossos encontros repetimos que devemos prestar mais atenção à maturidade humana dos Irmãos, pois muitos problemas nas relações fraternas estão ligados à nossa fragilidade
32. Insistiu-se especialmente na necessidade de ajudar os Guardiães e os Ministros no serviço de animação da Fraternidade. O Capítulo local já é um bom instrumento em nosso poder para partilhar a fé e a fraternidade. Cresce a necessidade de encontrarmos novos momentos e formas diferentes de serviço recíproco, para partilhar e celebrar a vida em todas as suas dimensões. A vida em fraternidade exige um acompanhamento e uma atenção materna, não só na formação inicial, mas durante toda a vida.

Fr. JJC,ofm.

RELIGIOSOS FRANCISCANOS ////////////



A vida Religiosa é dom de Deus para com a Igreja e o povo. É seguimento criativo e fiel a Jesus Cristo impulsionado pelo Espírito Santo.·Animada pelo mesmo Espírito a Vida Religiosa, por um lado, é chamada a testemunhar a memória de Jesus, a quem segue, buscando o que perdeu e enfraqueceu da experiência cristã originária; por outro lado, é chamado a recriar a presença de Jesus na história, sendo resposta de fé aos novos sinais dos tempos. Requer uma abertura incondicional ao "novo" que o Espírito já faz despontar, mesmo sem percebermos. O "novo" é gerado com dores de parto, mas nada supera a alegria e a felicidade que nasce como fruto do Espírito. Este clima de alegria é constante. No seguimento de Jesus, a Vida Religiosa é chamada a deixar-se conduzir e impulsionar pela força do Espírito Santo. Situada entre a memória e a utopia, torna-se um sinal profético no hoje histórico, frágil e provisório, mas forte e eterno. Um "hoje" que não se esgota em si mesmo, mas é Kairós, grávido de sementes do passado e de possibilidades futuras, porque fecundado pela semente da Palavra profética e do Carisma do Espírito. Hoje nós religiosos franciscanos, somos convidados a confirmar a nossa adesão de fé ao projecto do Deus da vida que continua a lutar connosco contra todos os ídolos da morte. Deus caminha connosco, e nós devemos colocar-nos a caminho com ele. Esta é a proposta para que nosso anúncio seja verdadeiramente e credível. . Fazemos memória de Jesus, somos homens proféticos e defensores da Vida. Nosso Deus é o Deus da Vida. Não tememos a nada pois o Senhor é a nossa força e a nossa alegria.· Homens da esperança. Homens da Vida, Homens apaixonados, homens de fé, homens da memória, homens da vida, homens do amor, ao testemunho de S. Francisco de Assis. Somos nós pequeno rebanho do Senhor, anunciadores do amor supremo de Deus.
Fr. Jose Jesus cardoso,OFM.

terça-feira, 3 de julho de 2007

ITENERÂNCIA

A itinerância
O ser itinerantes, peregrinos e forasteiros neste mundo, encontra a sua força na fé em Cristo, Senhor da história, que se manifestará plenamente no fim dos tempos para julgar a todos segundo a lei do amor (cf. Mt 25,31-46). Essa tensão rumo ao cumprimento último, além de não nos afastar da história, orienta concretamente a nossa vida e nos liberta da idolatria da possessão imediata, da tentação do ter do aparecer, do sucesso e do apego às posições alcançadas, empurrando-nos, ao contrário, a reconhecer e servir humildemente Cristo nos nossos irmãos e especialmente nos necessitados. A exemplo de Francisco, que não queria que coisa alguma pudesse ser dita ‘sua’ neste mundo, cresçamos na disponibilidade cordial à imprevisibilidade de Deus, maior que todos os nossos projectos, e testemunhemos a todos a alegria de colocar nEle a nossa esperança, mostrando-nos atentos às necessidades de todos.
Fr. José J. Cardoso, ofm.

ATITUDE DOS AMIGOS DE DEUS

A Palavra de Deus diz: “é preciso caminhar com Deus”. Quando deparei com esta frase, num momento de meditação, fui percebendo, de que maneira eu poderia andar com Deus, ao lembrar-me das pessoas com quem tenho convivido e partilhado a minha vida; pois, os “Amigos de Deus”, levam-nos a caminhar com Deus, rumo à realização da nossa Vocação e Missão. Aliás, andar com os “Amigos de Deus”; ou seja, com aqueles que vivem em Deus e nos apontam para Ele, fazem com que realizemos o nosso primeiro caminho, a nossa primeira vocação. A partir destes preciosos amigos na fé, que são “Amigos de Deus”, o Senhor foi me revelando qual o tipo de pessoas com quem devo andar. Para me não desviar dos seus desígnios e da Sua Vontade, afinal, como diz o ditado: “diz-me com quem andas e eu direi quem tu és”. É preciso discernir esta verdade e caminhar com Deus, através de pessoas que nos possam ajudar para a concretização daquilo que Deus tem para mim e a partir do meu testemunho e da minha vivência de fé. Daí a necessidade de cultivar cada vez mais o verdadeiro espírito da nossa Regra. Interiorizar Francisco de Assis. Não ficar só na superficialidade, nas conversas vans que não levam a nada. É preciso cultivar a partilha profunda com aqueles que se alimentam daquilo que é eterno; caminhar com pessoas que são marca da presença de Deus em sua vida. Temos muitos entre nós. Pois, andar com estas pessoas, é andar com Deus, aceitar conselhos delas, é segurar na Mão de Deus. É possível relacionarmo-nos com todos; mas, é preciso escolher. Devemos ter Deus no coração, para darmos passos firmes e a partir á descoberta do que Deus tem para os que são chamados. Aproveitemos estes momentos, para nos recordarmos destas pessoas tão preciosas e queridas que Deus tem colocado ao nosso lado, ao longo da nossa caminhada e da nossa vida para nos conduzir a Ele.


Fr. José Jesus Cardoso, OFM.

domingo, 1 de julho de 2007

AUTORIDADE FRATERNA



Tarefa do ministério fraterno de autoridade
21. Lembrados das Admoestações de Francisco (cf. Adm 3 e 4), da Carta a um Ministro e da Carta a Frei Leão, alimentemos a consciência de que o exercício dos ministérios fraternos é uma constante provocação ao crescimento dos indivíduos e da fraternidade numa liberdade comprometida no seguimento de Cristo. A tarefa do ministério fraterno favorecer o crescimento da responsabilidade pessoal na vida fraterna, promove e sustenta a unidade e a comunhão entre os irmãos, reconhece os dons presentes entre nós estimulando o amor recíproco e inclusive no que diz respeito a todos os que se encontram a encorajar os irmãos no seu caminho de conformação com Cristo humilde e pobre.Nesse sentido, os ministros favoreçam de todos os modos o discernimento comum da vontade de Deus, a co-responsabilidade, o diálogo fraterno, a programação partilhada, a subsidiariedade e a solidariedade. O instrumento fundamental e irrenunciável para isso deve ser o capítulo local. E promovam, ainda, a escuta dos irmãos, a caminhada do caminho de cada um recordando as palavras com as quais Francisco descrevia os ministérios fraternos: visitar, exortar, admoestar e corrigir (cf. 2Rg 10,1).Os que são colocados nos cargos de autoridade sejam em tudo e por tudo ministros e servos dos irmãos, sem dominar nas relações fraternas, evitando toda parcialidade. No espírito do serviço recíproco, não se apropriem dos cargos e manifestem activamente aquele sadio desapego da própria função que torna possível o serviço desinteressado, recordando quanto foi afirmado por Francisco.(cf.Adm4).Faz parte do espírito
de menoridade, portanto, que os ministros aceitem a vulnerabilidade nas relações.
JJC.OFM.

TEU AMOR É A MINHA PAZ

FOGO DE AMOR·
O tempo que me dás vai-se escoando na minha história, sem que o fogo da Tua graça me incendeie a alma, até que queime o chão do meu coração. Olho para trás e não vejo, como queria ver as marcas do teu fogo, nas marcas que vou deixando. No fundo tenho medo desse lume que arde sem se ver, mas que queima de verdade a ponto de consumir uma vida inteira. Aquelas vidas que assim se deixaram devorar por este fogo, são hoje sinais que me são dados de como Te fazes presença, na idêntica humanidade como eu. Tenho medo de me queimar, ainda que saiba de quantas folhas secas eu tenho, à espera de fazer essa fogueira que consome o que não presta e deixa espaço para que a minha vida se afirme em chama de lume novo. É de matéria fraca de que eu sou feito. Pobre pecador. É por esta pobreza de alma que Cristo tem de passar. Grande és Tu Senhor, que do nada fazes tudo. O Fogo da tua graça é a minha esperança e a misericórdia do Teu amor é a minha paz.


Lisboa, 02/02/2007.
Frei José de Jesus Cardoso, ofm.

Alegria Franciscana

Primeiro de tudo, pela nossa própria ligação a Cristo. S. Paulo disse: «Vós Revestiste-vos de Cristo» (Gálatas 3,27). A evangelização apela a que comecemos por nós próprios. É, sobretudo, com a nossa vida, e não com palavras, que damos testemunho da realidade da ressurreição: «Assim posso conhecê-lo a ele, na força da sua ressurreição e na comunhão com os seus sofrimentos, conformando-me com ele na morte, para ver se atinjo a ressurreição de entre os mortos» (Filipenses 3,10-11). É pela nossa certeza, pela nossa alegria serena em saber que somos amados por toda a eternidade, que Cristo se torna credível aos olhos daqueles que não o conhecem.
Porém, há situações em que as palavras são necessárias. S. Pedro diz isso muito bem: «Estai sempre dispostos a dar a razão da vossa esperan
ça a todo aquele que vo-la peça» (1 Pedro 3,15). É claro que falar de um amor íntimo requer muita sensibilidade e, por vezes, é difícil encontrar as palavras correctas, especialmente em situações em que a fé é fortemente posta em questão. Jesus tinha consciência disso e disse aos seus discípulos: «Quando vos levarem (…) às autoridades, não vos preocupeis com o que haveis de dizer, pois o Espírito Santo vos ensinará, no momento próprio, o que deveis dizer» (Lucas 12,11-). São Francisco de Assis , assim foi e em tudo via a mão de Deus.
Fr. Jose deJesus Cardoso, OFM.

 
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