A todos os que visitais este espaço, votos sinceros de paz e bem!

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

NATAL PERTENÇA DE TODOS

Respeitar o Natal é viver o sentido novo da humanidade, a mútua relação diária de solidariedade fraterna e saborear a alegria do amor. Desvirtuar o Natal é escraviza-lo da sua realidade e razão de ser. Devemos evitar as diferenças para com os outros. A alegria e a paz vão-se tornando impossíveis por serem sufocadas pelo egoísmo e pelo consumismo desenfreado. Alguns chavões de amor solidário, neste tempo de Natal, são a expressão passageira de uma mensagem que deveria ser uma realidade para todos os dias.
Há por aí muita gente que diz que Natal é todos os dias contudo, muitas vezes a sua disponibilidade para com os outros é nula. Poderemos nós dizer que é isso o espírito de Natal? Creio que não, na medida em que são frutos do entusiasmo de última hora. Viver permanentemente a disponibilidade e generosidade é mais difícil se for exigência de cada dia.
Depois que Deus se fez Homem, em Jesus Cristo, o homem estará sempre incompleto. O Natal é sempre referência universal ao gesto misterioso de um Pai que, por amor, nos deu o seu próprio Filho e, por Ele, nos integrou numa nova família que não tem fronteiras, a Família de Nazaré.
A riqueza do cristão na sua vida diária é a de realizar a sua vida na fé, em Jesus Cristo vivo, o “Deus connosco”, por causa de nós e para bem de todos. A fé é dom de Deus para colocarmos solidariamente ao serviço dos outros.
O Natal de Cristo, é a lição máxima da Encarnação do sobrenatural na vida do dia-a-dia, em todas as dimensões. O Natal é a força de aceitar o desconforto de uma gruta, uma história que se repete cada dia em tantas famílias, é desfrutar o Amor de Deus feito Carne, feito vida humana em Jesus.
Que todos os cristãos cantem ao Deus Menino que por nós veio ao mundo, para nos tirar da embriaguês do pecado.
Celebrar o Natal de Cristo é celebrar o nosso nascimento para Vida como este Dom do amor de Deus e que em todo o tempo é dom para a humanidade.

Fr. José de Jesus Cardoso, OFM.

domingo, 21 de dezembro de 2008

MENSAGEM NATALICIA




O Natal é o Mistério da Encarnação do Filho de Deus. Natal é recordar que Deus se fez homem para habitar entre nós. Por isso, é necessário que todos os cristãos vivam com recto sentido a riqueza desta vivência real e profunda do Natal.
Ao celebrarmos mais uma festa do nascimento de Jesus, vamos repensar as nossas vidas e assumir com seriedade o nosso compromisso de cristãos e de religiosos, no viver e do anunciar o Evangelho de Jesus.
Desejo a todos - que Jesus Menino, esteja muito presente hoje e sempre em nossas vidas e na esperança dum Mundo melhor para todos neste Natal e no Ano Novo que se aproxima.
Frei Jose de Jesus cardoso, OFM.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

SÃO FRANISCO E O PRESÉPIO

SÃO FRANCISCO E O PRESÉPIO
Aprendi a gostar de São Francisco de Assis ao longo da minha vida. Sempre encontrei vestígios dele no rosto de certos irmãos da minha Província. È difícil dizer o que mais me encanta. Tudo em S. Francisco é força na sua fragilidade e ternura vigorosa. Quando olho para ele lembra-me de Jesus Cristo, os dois se parecem um com o outro. Cristo nasce num Presépio Francisco começa a vida numa cabana. Ambos despojados de suas vestes. Francisco de Assis, homem simples, caminha pelas ruas a dizer que o amor não é amado. Vai gastando as forças a dizer aos homens que é preciso mudar o coração, e fazer penitência. Fica horas noites e dias em oração.
São Francisco gosta de viver nas grutas e nos espaços ainda não maltratados pela mão do homem, o que pouco se faz nos nossos dias. Francisco faz da sua vida uma caminhada contínua para Deus. Todo ele é a própria oração. A devoção à Santíssima Mãe de Deus foi sempre muito forte e sempre nutriu grande veneração e recomenda- a as seus frades.
Greccio, o nosso Belém, onde ninguém como Francisco soube tão bem festejar o nascimento de Jesus Menino na terra. Greccio é despojamento e alegria. Frades encantados com as maravilhas de Francisco. Homens e mulheres de tochas acesas nas mãos extasiados ao redor do presépio!
Francisco, feito anjo de Deus, canta Glórias ao Criador do Mundo. Humildemente em palhas deitado, pobre Deus que se torna criança.
Já lá vão uns anos largos, que passei por Greccio. Recordo com alegria a alegria o poder estar no sítio onde Francisco foi o primeiro construtor do presépio. Parece que estava a ver Francisco dançarino a cantar “Glória a Deus nas Alturas” ao Deus feito Criança.
Em Greccio, como no Alverne, Francisco encanta-nos entre abismos do verde das montanhas, o Serafim que recebe as chagas de Jesus. Ele me encanta e a todos que por ali passam. È nestas terras da Umbria que Francisco vai atrás dos leprosos, dos mais abandonados e dá tudo a todos na vida das pessoas.
Pus-me a imaginar essa gente simples de pés descalços no chão e de braços levantados com São Francisco a louvar o Senhor, deixando que o Irmão Sol lhes aquecesse o corpo…Como seria, meu Deus!!!
Francisco sem preocupações mundanas, sem bens materiais, não reclama nada para si. Homem belamente humano. A vida de Francisco de Assis foi uma vida de Presépio e Calvário.
A minha paixão por Francisco de Assis continua viva no seguimento de Cristo, em fraternidade e confiante partilha. Deus é pertença de todos em quem devemos colocar o coração.

Frei José de Jesus Cardoso, OFM.

domingo, 7 de dezembro de 2008

O SERAFIM DO AMOR

FRANCISCO DE ASSIS O SERAFIM DO AMOR
No Monte Alverne, região da Toscana, onde Francisco recebeu os estigmas. Ali, dizem as fontes franciscanas que de repente, Deus tocou profundamente Francisco de Assis. Homem imitador perfeito dos caminhos do Senhor Jesus, e todo aquele que é marcado pelos caminhos desse amor. A ele é impossível não trazer essas marcas em seu corpo. Religiosamente dizemos que o anjo, o Serafim, veio e marcou o seu corpo com aquelas chagas do Amado. E para sempre o amor tomou forma num corpo. Porque o amor estava no seu coração, e o que está no coração toma conta do corpo, da vida e deixa marcas profundas. As pessoas que se amam verdadeiramente vão ficando parecidas. Às vezes observamos que, quanto mais velhos ficam nossos pais, mais se assemelham fisicamente. Quando por ali passei, naquele Alverne de amor, eu quis entender o que significavam as chagas de Francisco, naquele encontro com os meus confrades e vi o que significavam as chagas de Francisco. De acordo com a minha cultura, todas as minhas energias, o nosso potencial de amor, a nossa fonte do amor, brotavam de dentro para fora, e não de fora para dentro. Francisco explodiu, seu coração consagrou-se, fez-se tudo para todos. O coração de quem ama muito faz assim: Pluf! Salta para fora. E o coração dele abriu-se em chagas, em estigmas. Enraizado naquela terra, naquele chão que ele conhecia e pisava, seus pés ficaram marcados com as chagas do Amor.A realidade do amor estava nas suas mãos, nos seus pés. É nas extremidades vitais que circulam as energias mais poderosas. E foi aí que o amor transbordou na vida de Francisco. Penso que, quando amamos profundamente, todas as experiências humanas e religiosas nos marcam com as marcas profundas do amor. Quem dá o coração, recebe corações. Isso eu aprendi com Francisco.Fr. José Jesus Cardoso

VOCAÇÃO FRANCISCANA

SER FRANCISCANO
A vocação religiosa franciscana não tem como objectivo primeiro ser sacerdote, mas sim a vontade de ser franciscano, ser irmão de Francisco de Assis e do seu ideal. O ideal dos franciscanos, quer sejam eles sacerdotes ou não, é sempre o mesmo: Seguir a Cristo, segundo S. Francisco de Assis, como se diz na regra: Observar o Santo Evangelho; sem nada de próprio em obediência e castidade.
O que todos os frades têm em comum é a mesma consagração pelos votos religiosos ao serviço de Deus e aos irmãos e Regra de Vida.
Nas fraternidades, e em qualquer lugar em que os franciscanos vivam, sacerdotes e não sacerdotes, ajudam-se mutuamente e devem seguir e animar-se na mesma caminhada e conviver muito fraternamente. As suas vidas são uma vida de irmãos.
O franciscano, no serviço à Igreja e à comunidade religiosa e cristã, presta os mais diferentes serviços: uns dando aulas, outros assistindo aos doentes, outros trabalhando com o povo, catequizando, instruindo e até inseridos em movimentos de solidariedade e servindo nos trabalhos internos das suas comunidades.
Se o franciscano assume o sacerdócio, o seu serviço à Igreja será também o de párocos, pregadores e acompanharem as comunidades dentro de uma determinada diocese.
O caminho para a vocação é precedido por mais mais anos de preparação e acompanhamento por mestres que ajudam no crescimento desse ideal a robustecer o discernimento para abraçar o ideal franciscano, sendo este o começo, outras etapas se seguem por alguns anos o amadurecimento, etapas a que chamamos: Postulantado e Noviciado. Após o Noviciado, o candidato passa a chamar-se “Frei”. É durante o Noviciado que o frade se prepara para a sua consagração a Deus através de uma vida “na observância nos votos atrás referidos”. Enfim, é um tempo de vivência dos valores fundamentais da vida religiosa franciscana. Quando o candidato está preparado, e preparado pela equipa de formação faz o pedido para fazer sua profissão dos votos Evangélicos, e continua a formação permanente pela vida fora.

Fr. José Jesus Cardoso, OFM.

 
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