A todos os que visitais este espaço, votos sinceros de paz e bem!

segunda-feira, 31 de março de 2008

CLARA DE ASSIS



SANTA CLARA DE ASSIS 800 ANOS DEPOIS
Entre as pessoas que escutaram e se deixaram apaixonar pela vida de Fran­cisco de Assis está Santa Clara, cujo 8.º Centenário de nascimento estamos a comemorar.
Clara de Assis era uma jovem de 18 anos, filha de pais ricos, bela e formosa. I A sua riqueza e os seus haveres não enchiam, contudo, a sua alma e, ao jeito de Francisco de Assis, Clara, identificar-se com Cristo: pobre e a viver uma vida segundo o Evangelho.
Clara nasceu nos finais do séc. XII, em 1193. Sua mãe, mulher de profunda religiosidade, deu-lhe esmerada edu­cação cristã e a ela se atribui o nome dado à filha, Clara.
Esta, ainda jovem, desafia as forças do coração e descobre a sua vocação: aconselho de Francisco, inicia os seus primeiros passos de irmã dos pobres, num convento de Monjas Beneditinas, mas não professa a sua regra; não é discípula de S. Bento, é discípula de Francisco e seguidora de Cristo em estilo novo, em mulher nova, tal como a fez Francisco. Ela não quer ser «monja», é irmã, porque Francisco também não quis ser monge nem clérigo, quis ser irmão, força determinante da sua vocação e fraternidade.
Clara de Assis, com Francisco, funda (a segunda Ordem Franciscana, a Ordem das senhoras pobres, as CLARISSAS.
Santa Clara e S. Francisco represen­tam para nós uma lição permanente de «mulheres de oração» e de «homem de ( paz» ao serviço da pacificação universal, na justiça e na caridade.
Clara é, ainda hoje, um desafio aos Meios de Comunicação Social, especialmente à Televisão, de que foi proclamada Padroeira. Ela convida todos os agentes das TVs, proprietários, realizadores, operadores e jornalistas a serem honestos, verdadeiros, respeita­dores
I

da dignidade humana e dos princípios éticos da sua profissão.
Com Clara e Francisco unidos, podemos ser arautos de Paz e Bem para todo o Universo.

Frei José de Jesus Cardoso, OFM

domingo, 30 de março de 2008

O MAIOR AMOR

Tu cantas o amor que passa
Feito às vezes de trapaça,
De vileza e falsidade;
Eu canto o Amor sem jaça,
Límpido, cheio de graça,
De pureza e de verdade.

Tu cantas o amor fraterno,
Por vezes sórdio, obsceno,
Apenas amor carnal;
Eu canto o amor sereno,
Límpido, puro e ameno,
Divino, espiritual.

Tu cantas o amor que mente,
Que promete o que não sente,
Mascarado de ironia;
Eu canto o amor ardente
Cheio de ardor fulgente,
Fonte de Paz e Alegria.

Tu cantas o amor-paixão,
Fogo de forte ilusão;
Que esbraceia e envilece;
Eu canto o Amor-oblação,

Que se imola em doação,
Purifica e enobrece.

É este o Amor que eu canto,
Cheio de Graça e de encanto,
Que me enche de vida e luz;
Amor puríssimo e santo,
Outro algum merece tanto:
Apenas Ele – Jesus!


Fr. José Jesus Cardoso, o.f.m.

domingo, 23 de março de 2008

ALELUIA! VISITA PASCAL

Páscoa é vida nova. O Domingo de Páscoa é um dia de festa, porque simboliza e evoca, no ritmo cristão, o primeiro dia do mundo novo iniciado com a Ressurreição de Cristo.
A presença de Jesus que em todos se renova. Domingo de Páscoa é, nesse sentido, o mais festivo de todos os domingos. Por isso proclama a Liturgia: - «Este é o dia que o Senhor fez! Exultemos e cantemos de alegria!» Por isso também, nele, a Igreja celebra com especial solenidade a Eucaristia, memorial que recorda aquele mistério. É um costume muito enraizado no norte de Portugal, este de, no Domingo de Páscoa, um grupo de pessoas («Compasso»), sempre que possível presidido por um sacerdote, com trajes festivos e partindo da respectiva igreja paroquial, se dirigir com a Cruz enfeitada aos lares cristãos a anunciar a Ressurreição de Cristo e a abençoar as suas casas. Tilintam campainhas em sinal de júbilo, fazem-se tapetes de flores pelas ruas e caminhos, estrelejam foguetes no ar. Entrando em cada casa, estabelece-se um pequeno diálogo celebrativo. Dá-se depois a Cruz a beijar a todos os presentes. Tradição que o povo do norte matem e dá grande relevo a esta antiga tradição.
Fr Cardoso, ofm.

sábado, 22 de março de 2008

IGREJA EM MEDITAÇÃO



Sábado Santo
.Hoje, Sábado do silêncio a Igreja permanece junto do túmulo do Senhor, meditando na paixão e a morte de Jesus, e na Sua descida à mansão dos mortos e esperando na oração e no jejum sua ressurreição.
Neste dia de silêncio a comunidade cristã reza junto ao sepulcro. Não se ouvem os sinos nem outros instrumentos musicais. Estes vão estar presentes na aleluia e na bênção do lume novo. É um dia para reflexão e aprofundamento da nossa fé. Uma paragem na vida da Igreja para contemplar, meditar e orar. O altar está despido. O sacrário aberto e vazio. A Cruz continua entronizada desde a tarde de ontem dia. Jesus morreu. Quis vencer com sua própria vida o mal da humanidade. É o dia da ausência. Dia de dor, de repouso, de esperança, de solidão. O próprio Cristo está calado. Ele, que é Verbo. Depois de seu último suspiro na cruz diz, "por que me abandonaste?", agora ele cala-se no sepulcro. Mas este silêncio pode ser chamado de plenitude da palavra. O Sábado é o dia em que experimentamos o vazio. É um dia de meditação e silêncio. Algo parecido à cena que nos descreve o livro de Jó. Ou seja, não é um dia vazio em que "não acontece nada". Nem uma duplicação da Sexta-feira. A grande lição é esta: Cristo está no sepulcro, desceu à mansão dos mortos, ao mais profundo em que pode ir uma pessoa. E junto a Ele, com sua Mãe Maria, está a Igreja, a esposa. Calada, como ele. O Sábado está no próprio coração do Tríduo Pascal. Entre a morte da Sexta-feira e a ressurreição do Domingo nos detemos no sepulcro. Um dia ponte, mas com personalidade. São três aspectos não tanto momentos cronológicos de um mesmo e único mistério, o mesmo da Páscoa de Jesus: morto, sepultado, ressuscitado: è o mistério do Sábado Santo.

Fr. José Jesus Cardoso

OS FRANCISCANOS E OS POBRES

OS FRANCISCANOS E OS POBRES
Devemos evangelizar o trabalhador e, não o trabalho, evangelizar os sistemas e não as estruturas. A condição do outro nos pobres. Devemos compartilhar a vida com os menores, com os mais pequenos, com os mais próximos a começar nas nossas fraternidades. Devemos ser anunciadores das injustiças. Tanto nos locais de trabalho, como nas nossas fraternidades.
Os direitos dos pobres devem ser dignificados. A opção pelos mais pobres faz parte da nossa vida de menores. Muitas vezes servimo-nos deste lema para acolher os pobres de espírito e ricos de bens materiais.
Somos desafiados a viver as prioridades dos pobres, em espírito de família. Não podemos resolver os problemas universais, mas daqueles que estão à nossa volta.
Por causa da lógica do ter ou do crer e do poder, sacrificamos os nossos deveres dos quais nos tornamos réus.
O nosso carisma de irmãos menores leva-nos a praticar a nossa menoridade evangélica na promoção e na justiça. Hoje, mais que nunca é necessário desenvolver mecanismos para a boa distribuição de Acção Social.
Devemos servir os que são tratados como últimos na sociedade. Servir os mais pobres aqueles por quem S. Francisco se entregou, seguindo o Senhor pobre e crucificado.
Não há ninguém que tenha mais alegria de ajudar os pobres que os franciscanos.
Frei Cardoso, ofm

sexta-feira, 21 de março de 2008

Morreu por nosso Amor

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quinta-feira, 20 de março de 2008

Quinta-Feira Santa

Iniciamos, esta tarde com a Eucaristia da Ceia do Senhor o Tríduo Pascal. A celebração da morte e da ressurreição do Senhor. O centro da celebração da Quinta-Feira Santa é a instituição da Eucaristia e do sacerdócio ministerial e o novo mandamento do amor que Jesus deu aos seus discípulos. São João, o autor do quarto evangelho, não narra a instituição da Eucaristia, provavelmente, porque os outros três evangelhos e São Paulo já o haviam feito, além de mais, quando João escreveu o seu evangelho no final do primeiro século, a celebração da eucaristia já era corrente nas comunidades cristãs.
Jesus instituiu a Eucaristia. “O Senhor Jesus tomou o pão e depois de dar graças, partiu-o e disse: Isto é o meu corpo que é dado por vós. Fazei isto em minha memória”. Depois da ceia, tomou o cálice e disse: “Este cálice é a nova aliança em meu sangue. Todas as vezes que dele beberdes, fazei isto em memória de mim”.
.Na ceia, Jesus antecipa os sinais do pão e do vinho o seu sacrifício e a entrega que ele fará no dia seguinte. O pão e o vinho são um sinal real e eficaz de Jesus que se entrega à morte para a salvação de todos num ato extremo de amor e de solidariedade para com a humanidade. É a nova e eterna aliança de Deus com a humanidade. Agradeçamos a Jesus a instituição da Eucaristia, o sacrifício da cruz, a presença salvífica de Jesus em nosso meio e alimento espiritual de garantia da vida eterna.
Na Eucaristia, São João narra a cena do “ Lava-pés”. Durante a ceia com seus discípulos, “Jesus levantou-se da mesa, tirou o manto, pegou uma toalha e amarrou-a na cintura. Derramou água numa bacia e começou a lavar os pés dos discípulos, enxugando-os com a toalha com que estava cingido. Dei-vos o exemplo, para que façais a mesma coisa que eu fiz”. Participar da Eucaristia, comungar o corpo e o sangue de Cristo, é comprometer-se a fazer da própria vida uma entrega fraterna e solidária aos nossos irmãos, especialmente, aos mais necessitados, os enfermos, os pobres, as pessoas com deficiência, os anciãos, as crianças. Desta forma, estaremos colaborar para a promoção das pessoas e evitando o perigo de continuar perpetuando a desigualdade social. Cristo é a nossa Ressurreição.

Frei Cardoso, ofm.

quarta-feira, 19 de março de 2008

DIA DE S.JOSÉ

DIADE S.JOSÉ
S. José homem humilde e silencioso, servo fiel e prudente que o Senhor, constituiu chefe da Sua Família, que ocupou um lugar de primeira importância na inserção do Filho de Deus na história dos homens. Descendente de David como diz o Evangelho (Mt 1,20) une por parentesco Cristo com a ascendência da qual Israel esperava a vinda do Messias.
Como humilde carpinteiro de Nazaré, realiza-se a promessa feita a David a quem Deus confia a missão de esposo sublime entre todas as criaturas para ser o Pai virginal do Filho do Altíssimo. É “justo” no pleno sentido da palavra que significa virtude perfeita e santidade. Uma justiça que invade todo o seu ser mediante uma pureza total do coração. Uma completa adesão à vontade de Deus. “Não temas recebe Maria tua esposa”. Com mais fé do que Abraão, acreditou naquilo que humanamente é inimaginável: a maternidade de uma virgem e a encarnação do Filho de Deus. Pela sua fé e obediência, mereceu que estes mistérios se realizassem sob a sua tutela.
S. José foi sempre um acto constante de fé e obediência. A su situação de chefe de família obriga-o a entrar numa particular intimidade com Deus.
S. José nada tem para si a não ser os prodígios divinos que seus olhos contemplam , viu o Menino Infante repousar no seio da Virgem Maria, viu-o com os Magos, com os Anjos a “cantarem glória a Deus”, com os pastores e acompanhou-O na fuga para o Egipto.
S. José é para todos um estímulo de fé e de trabalho.

Fr. José de Jesus Cardoso, ofm.

domingo, 16 de março de 2008

DOMINGO DE RAMOS

DOMINGO DE Ramos, RITO QUE VEM DESDE A IDADE MEDIA
Enquanto o Natal é uma festa fixa, a Páscoa é uma festa móvel, tendo a sua data sido determinada pelo Concílio de Nicéia (325) para o domingo que se segue à lua cheia do equinócio da Primavera. Uma semana antes celebra-se o Domingo de Ramos, a celebração que dá início à Páscoa. Por todo o país multiplicam-se as cerimónias litúrgicas que marcam o início da Semana Santa e comemoram a entrada de Jesus em Jerusalém onde foi acolhido pela população que entoava cânticos e acenava com ramos de palmeiras e oliveiras, segundo relatos da Bíblia e de outros textos. Ponto alto das celebrações é a bênção dos ramos seguida das chamadas procissões dos ramos, que por vez têm designações específicas em algumas regiões. Tradicionalmente, os "ramos" podem ser simples, de palmas ou de oliveira, ou formados também por outras espécies como loureiro, alecrim.
Nas procissões desfilam os ramos que previamente foram benzidos na igreja e que depois são levados para casa para protegerem ,de certos males e darem sorte outros por exemplo; são destinados aos padrinhos que em troca oferecem o folar ou dão "as amêndoas" (termo que no plural pode significar, neste contexto, "qualquer oferta que se faz pela Páscoa").Esta procissão surgiu depois que um grupo de cristãos da Etéria fez uma peregrinação a Jerusalém e, ao retornar, procedeu na sua região da mesma forma que havia feito nos lugares santos. O costume passou a ser utilizado por outras igrejas e, ao final da Idade Média, ficou incorporado aos ritos da Semana Santa.
Fr. Cardoso

domingo, 2 de março de 2008

A CAMINHO DA CRUZ


QUARESMA NECESSIDADE DE PURIFICAÇÃO
Não é possível reconhecer a nossa condição de peregrinos a caminho da santidade, como humildes pecadores, que por acções e omissões, vamos deixando secar no coração o amor que salva.
Em cada Quaresma, ao longo dos quarenta dias, através de acções mais diversas, a Igreja, nos ensina e adverte, tanto para a possibilidade da santidade ao alcance todos, como para o perigo do pecado pessoal, ao qual não faltam ocasiões e portas abertas a pecar.
É tempo de purificação. A Igreja apela para isso. A palavra de Deus, revelada e transmitida pela tradição ajuda-nos a entender que o santo é o cristão normal e que a santidade está ao alcance de todos os filhos de Deus, numa fé esclarecida e coerente. Não podemos esquecer que é breve o tempo de peregrinar no mundo. É preciso assumir esta verdade. Se acreditamos no Espírito Santo, peçamos-lhe também que nos conduza e anime à nossa vocação à santidade. O pecado não faz parte da Igreja, mas é resultado da falta de verdade. Por isso a Igreja nunca deixará de convidar os cristãos à conversão.
O tempo da Quaresma é uma oportunidade para ir à procura do amor de Deus e experimentar a alegria do Perdão. A Igreja - Mãe e mestra nos estimula e adverte para o perigo do pecado.
Uma coisa quero: continuar a correr para o prémio a que Deus nos chama em Cristo Jesus, para sermos salvos pela sua Cruz. A Cruz de Cristo é a fonte de todo o perdão e todas as graças, porque Cristo, nascendo de nós, tomou uma natureza que ofereceu por nós.

Fr. José de Jesus Cardoso

 
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