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domingo, 1 de julho de 2007

TEU AMOR É A MINHA PAZ

FOGO DE AMOR·
O tempo que me dás vai-se escoando na minha história, sem que o fogo da Tua graça me incendeie a alma, até que queime o chão do meu coração. Olho para trás e não vejo, como queria ver as marcas do teu fogo, nas marcas que vou deixando. No fundo tenho medo desse lume que arde sem se ver, mas que queima de verdade a ponto de consumir uma vida inteira. Aquelas vidas que assim se deixaram devorar por este fogo, são hoje sinais que me são dados de como Te fazes presença, na idêntica humanidade como eu. Tenho medo de me queimar, ainda que saiba de quantas folhas secas eu tenho, à espera de fazer essa fogueira que consome o que não presta e deixa espaço para que a minha vida se afirme em chama de lume novo. É de matéria fraca de que eu sou feito. Pobre pecador. É por esta pobreza de alma que Cristo tem de passar. Grande és Tu Senhor, que do nada fazes tudo. O Fogo da tua graça é a minha esperança e a misericórdia do Teu amor é a minha paz.


Lisboa, 02/02/2007.
Frei José de Jesus Cardoso, ofm.

1 comentários:

Albertino disse...

Cardoso...

Que bom ver Camões no seu pensamento, nesse "fogo que arde sem se ver...".
Mas... como não ver na sua vida esse fogo do amor de Cristo? Quantos anos dedicados ao serviço dos irmãos, quanto tempo e história a cada um, e tantos já passaram por si tão frágeis, humildes na sua dor física e na avançada idade, em todos deixou marca do amor de Cristo.
Tenho certeza que a si aplicaria Francisco a grande frse que um dia aplicou ao sacerdotes: "eu vos venero, irmãos meus, beijando-vos os pés..."
Sim meu irmão... Francisco também se sentia pecador e, já nas últimas horas de vida, exclamou "irmãos recomecemos porque até agora ainda nada fizemos de bom".
Diria que ele se sentia como o meu irmão Cardoso ao escrever este texto. Parece que a vida não tem marcas de Cristo, do Seu Amor e que os pecados são tantos que temos medo do fogo (do inferno será?) contudo, nunca esqueça que o próprio Cristo disse "Tudo o que fizerdes ao mais pequeno dos meus irmãos, a Mim o fizestes".
Alegre-se porque onde abunda o pecado super abunda a graça de Deus que nos perdoa pelo bem que fazemos aos irmãos.
Olhe o sol lá fora que nasce para si e para mim, pecadores mas filhos amados do Pai e Menores no mundo do Poverelo.
Que o fogo que arde sem se ver e não se consome, não seja o do medo mas o da graça de Deus em nós.
Juntos no mesmo caminho...

 
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