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domingo, 25 de março de 2007

OS MEUS DIAS

O horizonte não é, senão uma linha imaginária. Imaginários são os meus dias. O céu não é um promontório que fica sobre as nuvens que atravessam o pensamento, por isso nada valho para ser tudo aquilo que não pareço. Nunca nascemos preparados para aquilo que se parece. Aos olhos dos nossos sentidos, tudo é branco ou preto, bom ou mau. Pelos olhos dos nossos sentimentos, existem dias bons e maus, embora muitas vezes não sejam aquilo que parecem. São dias! Todos os dias são iguais aos outros. Nascem como todos os dias, pela manhã e adormecem com o por do Sol. Todos os dias olho com alegria e ternura os problemas e padecimentos dos meus irmãos doentes. Olho, escuto as queixas, as dores, o sofrimento e muitas vezes as alegrias. Muitas vezes oiço, mas não vejo. Uns dias as pessoas parecem-me felizes, bondosas apesar de maldizentes. São carinhosos se bem que omissos. Estou muito atento, porque muito mal pensam por si. Curvo-me ao destino na esperança que eles vão vendo o fim e não esquecem o passado. Não é a minha relação com eles que lhes abrem novo horizonte, ou o céu. Todos arrumam a casa com certo método. Devagarinho, se vão transformando em anjos sobre nuvens e o céu passa a ser o seu horizonte, de todos talvez.
Neste mundo nada vale por aquilo que parece. Todos nascemos pequenos. Nós os frades, devemos ser estes pequenos, estes menores e esquecemo-nos que somos de Francisco de Assis. Há sempre um nada que nos leva a escutar e a ver aquilo que não somos. O caminho da caridade e da bondade o mais seguro e que nos deve tornar atentos.
Basta que tudo aquilo que sentimos encontre no horizonte o céu que tanto buscamos.


Fr. Jose de Jesus Cardoso

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